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23.10.14

Finalmente boas notícias para os "passadores de recibos verdes"

O que é muito raro por estes dias, ou melhor dizendo nos últimos anos em que tudo o que é notícia gira à volta da crise.


A razão da minha alegria? O ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, o tempo que se deve perder a anunciar este ministro?!, o Shôr Mota anunciou que os "passadores de recibos verdes" vão, a partir de Janeiro de 2015, ter direito ao subsídio de desemprego. A noticia aqui.



Eu sou uma dessas passadoras de recibos, sim, porque recuso designar-me de  trabalhadora independente. 



Independente do quê?! 


Os recibos verdes até podem significado de independência para a malta que faz uns trabalhos aqui e ali para diversos adquirentes de serviços - os verdadeiros trabalhadores independentes - mas para os outros... que me atrevo dizer são a maioria... já é mais subjectivo.
Quem é que por aí, que como eu, trabalham quase o ano todo para a mesma pessoa colectiva e fazem um trabalho regular, com horário normal, 21 dias por mês, tal contratados. Sendo a ÚNICA coisa que vos distingue desses, ser: passarem um recibo verde no final do mês, pagarem um dinheirão à segurança social, fora 21,5% de IRS, não terem direito a férias ou subsídios de alimentação, férias e de Natal?!


É isto a independência?!



Ah sim, nada de direito a subsidio de desemprego quando de um mês para o outro ficamos sem trabalho e se por acaso ficarmos doentes, azar... nada de direito a baixa, a menos que em em vez de pagarem um dinheirão à segurança social paguem para cima dum dinheirão.



É uma independência danada né?! 



Faz-nos sentir um bocadinho como trabalhadores de segunda... até que surge, finalmente, uma boa notícia. Esta, a de saber que pudemos contar com o subsídio de desemprego naqueles meses em que não há trabalho.



Se calhar sou demasiado ingénua, mas acho que dependentes ou independentes não deveríamos ter os mesmos direitos? Afinal de contas os deveres são os mesmos - trabalhamos, pagamos prestações à segurança social e pagamos impostos.


1 comentário:

Imperatriz Sissi disse...

Boas notícias. Já devia estar feito há muito. Justo, justo, era que houvesse efeitos retroactivos, mas...duvido!