Há uma nova ferramenta de trabalho no meu trabalho de formadora. A bem da verdade, nem deveria chamar, à inútil e burocrática, ficha uma ferramenta.
Esperem! Até pode... é como termos um parafuso para apertar em casa e darmo-nos ao trabalho de ir a casa do pai, a 50km, buscar uma aparafusadora para o fazer, quando o poderíamos ter feito até com a ponta de uma faca.
Acho que me consegui explicar.
Um dos muitos quadradinhos para preencher, requer que eu faça observações sobre o formando para cada uma das sessões. Isto de 8 turmas com 10 pessoas cada.
Eu pensei cá para mim, mas afinal para que servem os exercícios e testes que os formandos fazem? Mas enfim, vamos lá fazer esta coisa que serve para coisa nenhuma...
Agora, sempre que estou a dar formação ponho-me muito atenta a olhar os formandos e a fazer muita força, para ver se me ocorre alguma coisa para escrever no quadradinho. Não está a correr grande coisa. As únicas coisas que me ocorrem são:
"Unhas de gel roxas com espirais prateadas e brilhantes colados? Muito errado com a farda de trabalho!!! Corrigindo... muito errado para qualquer ocasião!!!"
"Risco grosso de eyleiner preto com sombra azul turquesa brilhante para atender na padaria? Porquê??! Será que o look 80´tas vende mais carcaças?"
ou ainda
"Esta formanda não sabe distinguir entre louro platinado e cabelo queimado por oxigenada a 100º. Cabelo esse, que de tão encrespado que está, aponta para todos os lados menos para o chão. "
O meu lado esteta tem vezes que grita tão alto que se sobrepõe ao meu lado educadora.
Vou arranjar uma trela (imaginária, claro está!) e amarrar a "fera esteta" à entrada do trabalho, no parque das bicicletas. Pode ser que assim me ocorram observações mais adequadas ao contexto formativo.
Sem comentários:
Enviar um comentário