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30.4.15

Este é ano de casamento!!!

 
Segurem-se, não é do meu. Mas ano de casamento, mesmo que das outras, é sempre razão de festejo. 

Há quem se queixe quando é convidada para casamentos, eu cá adoro. Mas secalhar é porque eu  não sou daquelas que quando me convidam começa logo a fazer contas à vida porque tem de encher um envelope com €130 para pagar o casamento dos noivos. Aliás, eu nunca dou dinheiro aos noivos. Não contem comigo para pagar casamentos que à partida sabem que não têm dinheiro para pagar. Prefiro dar um presente que faça falta lá por casa ou algum miminho para os recém casados desfrutarem. (E pronto! Com esta confissão lá vou ser eliminada de uma série de listas de convidados).

Gosto de casamentos, por representar uma celebração ao amor que junta duas pessoas, porque é uma oportunidade de vestir coisas bonitas e porque é dia de festa.

O casamento que vou este ano, lá para Outubro, é muito especial. Primeiro, e mais importante que tudo o resto, porque é o casamento da amiga gaja que já me atura há, quê?, então... desde o sétimo ano... 22 anos! 

Uma das minhas melhores amigas... daquelas que sabem mais coisas sobre nós do que nós próprias sabemos. 
Com ela passei dos episódios mais malucos da minha vida, sendo que eu era fonte de toda a maluquice e ela ficava a assistir a tanta parvoíce junta. Como daquela vez que lhe queimei o bar dos pais, porque abri a torneirinha da garrafa de 3l de Whisky e depois não a aconsegui fechar. 
Aquela com quem ganhei o concurso de culinária francesa, na escola, com uns maravilhosos crepes com chocolate Gallac. Um avental e uma colher de pau, foram os prémios. 
Aquela com quem descobri que, comer espargos era bom mas que canja de pombo era horrível. 
A amiga que me ensinou que não se diz "vuscar" (como eu dizia) mas sim buscar. A que me ensinou que a expressão "partida, lagarta, fugida" afinal não metia animais rastejantes lá no meio. 
Aquela com quem partilhei, por mais de 14 anos, o amor de dois cães manos, que salvamos duma vida de rua no Alentejo... o Cocas, o meu preto de extremidades pretas, sempre pronto para a vadiagem e o Siroco, a bola de pêlo dela que nos primeiros meses comia que nem um garganeiro, como a veia alentejana dela o chamava.
Aquela com quem passei infindáveis horas, no quarto dela, no rés do chão, com a janela para a rua a ver as pessoas a passar e a falar de tudo e de nada. E de repente era de noite e eu lá tinha de ir para casa.
Rimos, muito e choramos também. Bem, eu chorei muito, como chorona nata que sou, ela chorou só quando já não conseguia aguentar mais, que para fazer verter uma lágrima àquela rapariga é preciso muito. Não espera... Chorámos as duas, muito, quando vimos filmes e histórias tristes de animaizinhos.

Foram tantos anos e tantas coisas, todas elas boas. Como é que isto é possível? Deve ser a isto que chamam de amizade verdadeira.

A T.T. (e não escrevo assim para esconder a identidade da minha amiga mas porque é assim que ela é conhecida desde que a professora Barraca a rebatizou no oitavo ou nono ano) vai ser a minha primeira noiva. A primeira que me escolheu como sua consultora de imagem. Porém, ainda que assim não fosse, que eu não tivesse influência alguma na escolha do vestido de noiva, na maquilhagem e no penteado dela, 22 anos de mim também vão subir àquele altar. 

E, esperem lá, se não fosse eu nem noivo ela teria. Que foi a minha veia casamenteira que juntou há 10 anos aqueles dois pombinhos (mas não daqueles que se come nas canjas, dos lindos, branquinhos, que voam em liberdade). 

Este Sábado, lá vamos nós aos vestidos.

1 comentário:

Monika Kardoso disse...

Também adoro ir a casamentos :)