Vamos lá a falar das verdades absolutas das nossas casas e das lides domésticas. Há mais dias no mês em que a cama fica por fazer do que aqueles em que fica feita. Saimos de casa a correr e muitas vezes, se não sempre, o copo do leite do pequeno-almoço jaz o dia inteiro na ombreira do sofá. Olhamos 7 vezes por semana para o pó a crescer mesmo por debaixo da TV e prometemos interiormente "amanhã limpo o pó". Empurramos todos os dias mais um bocadinho a roupa que teima sair do cesto da roupa suja, na esperança que um buraco negro se abra e a engula para logo a seguir a cuspa lavada e passada... mas o cesto fica a abarrotar cada vez mais e chega uma altura em que pomos a roupa suja directamente na máquina. Falamos diariamente e mentalmente para nós mesmas: "na minha folga tenho de tratar disto", "preciso tanto de passar a ferro... amanhã, ou depois... ainda há uma camisa."Prometemos que é quando chegarmos do trabalho que damos cabo da roupa por passar mas quando chegamos, dum dia de trabalho, tudo o que nos apetece é aterrar no sofá. Eu aterro... afinal mereço.
Não perco o sono com as lides domésticas mas gosto de ter a casa arrumada mas com as nossas vidas é quase tarefa impossível ter tudo em dia e em ordem. Eu até sei qual o segredo para o conseguir... fazer todos os dias um bocadinho, acordar mais cedo, chegar a casa e agarrar-me ao ferro de engomar... Mas eu não sou assim! Nem nunca vou ser por muito que me esforçasse. Nem queria ser na verdade.
Entre trabalhar 6 dias por semana, 2 a 3 idas ao ginásio, sair para namorar, visitar os meus restaurantes preferidos, ir beber café com uma amiga ou, a pior e mais demorada situação, ficar só no sofá a ver séries e a receber festinhas no cabelo, sobra pouco tempo para manter a roupa em dia. Por isso, embarquei nas modernices das lavandarias self-service e em 2 horas dei cabo dum cesto de roupa (bem compactado) e de ainda mais umas quantas peças soltas. Senti-me num episódio duma série americana e talvez por isso tenha levado os meus detergentes atrás mas que afinal nem eram precisos. Não é que aquilo é um descanso?!
Lavar não é barato. Nem vos vou dizer quanto que o meu marido lê o meu blog religiosamente e há certas coisas que os homens não precisam saber (vocês sabem... como aqueles sapatos que nós compramos a €60 mas que eles acham que custaram €40... é isso.). Mas compensa muito porque em 30 minutos lavei o equivalente a 5 máquinas aqui de casa. Fui preparada com manuais de formação do trabalho mas não deu tempo para grandes estudos porque passa num instante. Para além disso, olhar para as máquinas demonstrou ser, estranhamente, super relaxante. Depois da roupa lavadinha é pô-la a secar em mega máquinas industriais (bem mais em conta €1 por 20 minutos). Sai quentinha e a saltar que nem castanhas no Rossio. Depois, é só dobrar e encher os sacos e toca a levá-la para casa.
Se nunca experimentaram e têm andado a pensar experimentar aconselho vivamente. Eu fiquei fã. Tão fã e entusiasmada que, pouco depois, andávamos os dois na rádio popular a a comprar um ferro de engomar novo. Um que tivesse um turbo e potência para entrar em modo super sónico e me ajudar na tarefa de passar tanta roupa lavada. Mesmo que só lá vão para secar a roupa já vão ganhar imenso tempo para fazer outras coisas.
Nos dias de hoje, mesmo no meu caso em que cá em casa dividimos tarefas (sortuda eu sei. Não é vergonha assumir que entre as minhas e as dele sou sempre eu que ando com as tarefas atrasadas), qualquer ajuda é bem-vinda e esta eu vou aproveitar sempre que sentir necessidade disso.
Aproveitem estas lojas. Estão casa vez mais disseminadas pelo país e ainda bem para nós e para a nossa saúde emocional.
Como diz uma amiga minha: "somos super mulheres."... Vejam a lavandaria self-service como o Robin da vossa vida de Batwoman.
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