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13.11.15

mãe d'água

Como, quando diz respeito a comida, eu e o meu Rui não nos atrapalhamos. Já que, felizmente, vivemos numa das zonas com melhor gastronomia do país e onde há muita oferta para compensar a desilusão do Tailandês fechado. Logo ali, a menos de 3 minutos do Supatra Thai, vive um restaurante fabuloso - o Mãe d`Água - onde fomos almoçar. E não será exagero dizer que foi uma refeição tão boa que agradeci pelo Tailandês estar fechado.

Eu definiria o restaurante como um tipicamente português pouco típico. Os sabores da nossa fabulosa cozinha estão lá mas dá para perceber que quem os faz tem uma paixão por comida e que não tem medo de reinterpretar alguns das nossas receitas e sabores. 



Fui a medo para o soufflé de bacalhau porque, primeiro, era o meu primeiro soufflé da vida inteira e estava com medo que fosse mais um bacalhau com natas - não que eu tenha alguma coisa contra o prato mas comi bacalhau com natas pela vida toda em 7 anos (sim, sou um bocadinho lenta) de universidade. Mas não... À primeira garfada já estava convencida. Foi o melhor soufflé e prato de bacalhau que comi na minha vida. O pirex era graaande e não ficou lá nem um bocadinho para contar a história. Os lombinhos de porco, que o Rui escolheu, eram bem ao gosto alentejano com coentros e alhos e delicioso. Ambos os pratos acompanhados por legumes e verduras da época e um puré de maçã, afinal de contas estávamos na terra delas, que equilibrava os dois pratos na perfeição. Quanto às sobremesas? Uma desgraça de decadentes! Estava à espera de quando viria um momento em que alguma coisa não viria tão espectacularmente bem cozinhada mas decepcionei-me grandemente... O leite creme com o caramelizado estaladiço ainda morno, a textura cremosa, doce no ponto certo. E as farófias? Uma farofona leve leve como uma nuvem, sem pontas espessas ou peganhentas, regada com um creme delicado e simplesmente salpicado com canela... Divinal! Simplicidade e tradição mas com um cuidado extremo no equilíbrio dos sabores e texturas. O almoço foi regado pelo Cerejeiras Regional 2011, (da Quinta do Sanguinhal, no Bombarral) que é só um dos melhores vinhos "preço baixo/qualidade média alta" que eu conheço (não aconselhável para quem gosta de vinhos chatos e redondos).
                                                                 


Mais importante que tudo, do inicio ao fim a refeição soube-nos a ingredientes frescos dos melhores. 
Falando de euros, com entradas, prato, sobremesa, vinho e café pagamos quase €45.

A minha cara de satisfação no final é o reflexo do quanto gostei deste restaurante.



Não aconselho uma visita. Obrigo-vos a visitar porque tenho a certeza que vão adorar.

2 comentários:

Something about details disse...

Vontade que a comida saltasse pela net

Something about details disse...

Ai que vontade que tive que a comida saltasse pelo ecrâ